I put my heart in your hands.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

10 comentários  


Nem tudo na vida é melancólico. Sim, às vezes sou melodramática, negativa e pessimista, provavelmente devido às anormalidades desta vida.

Mas, por outro lado, tem sempre que haver alturas para sermos exactamente o oposto: a felicidade é indispensável e é o que nos mantém sãos e coerentes.

Portanto, vou aproveitar o primeiro post de 2009 para agradecer.
Assim:
.: Agradeço àquela rapariga croma que está sempre disposta a ouvir-me, a ajudar-me e a aturar-me, mesmo quando estou com aqueles ataques de mau humor.

.: Agradeço àquele rapaz que ouve os meus problemas e atura as minhas piadas estúpidas, mas que tem aquele lado solidário e faz um air ball quando eu também faço.

.: Agradeço àquele rapaz que ficou comigo durante mais de 6 horas no meio da multidão durante 3 concertos e meio.

.: Agradeço àquela rapariga pequenina com um coração enorme por ter estado comigo nos bons e nos maus momentos, exactamente quando eu precisava de um ombro para chorar.

.: Agradeço àquela rapariga desmiolada que usa malas na cabeça e me põe sempre um sorriso na cara.

.: Agradeço à minha irmã emprestada, o meu espelho ligeiramente mais baixo.

.: Agradeço ao meu primo emprestado, que, apesar de estar longe, aquele único dia no ano passado deixou memórias que o tempo nunca apagará.

.: Agradeço àquele rapaz que não hesita em contar-me os problemas e demonstra que confia em mim.

.: Agradeço àquela rapariga que faz comentários sem nexo no hi5 e sem motivo aparente e tem a mania que tem uma argolinha no nariz.

.: Agradeço àquele rapaz que também passou uma quantas horas comigo no meio da multidão e teima em não tirar nenhuma fotografia comigo.

.: Agradeço àquele rapaz que me dá toques no ombro para me cumprimentar.

.: Agradeço àquele rapaz que me confunde até dizer chega, que num dia diz que sou adorável e noutro diz que sou complicada e que me proporciona conversas de hora e meia no msn sem conteúdo material.

.: Agradeço a outra rapariga pequenina que raramente vejo, mas está sempre presente nas memórias.

.: Agradeço àquele rapaz que adora distrair-me nas aulas de Biologia e Geologia, mas com quem eu posso contar se tiver algum problema.

.: Agradeço à minha família, por me ter posto "na linha" quando foi necessário.



Finalmente, agradeço a todos aqueles que dão significado à minha vida!
(PS: Sim, ali em cima diz "29 de Dezembro", mas isto pifou, porque eu publiquei isto no dia 1 de Janeiro de 2009. Coisa atrofiada...!)

Ensaio sobre a Vida

domingo, 21 de dezembro de 2008

4 comentários  

Às vezes pergunto-me por que raio é que estamos aqui.

"Aqui", neste mundo. Qual é o nosso objectivo? Para que serve a vida? Qual é o sentido da vida?
Aquelas perguntas filosóficas que já colocámos a nós próprios vezes sem conta, mas continua sem haver uma resposta concreta. Ou porque nos fartamos de a tentar encontrar ou porque simplesmente percebemos que não há. A vida é isto mesmo, um mistério infinito.

Mas o que mais intriga é o seguinte: nascemos, vivemos, morremos. E depois? E durante?

Todos nos dizem, "Estuda para teres um bom trabalho e poderes viver bem". Pois bem, o problema agora é o seguinte: estudamos durante aproximadamente 17 anos. E depois cá estamos nós, acabadinhos de sair da Universidade, com um diploma na mão e um sorriso estúpido na cara. Com 20 e poucos anos, nós perguntamo-nos, "E agora?".

O primeiro emprego. Mas um emprego com E grande, não daqueles que temos durante as férias de Verão a dobrar roupa ou a atender alguém nas caixas de hipermercados. Aquele emprego pelo qual esperámos durante os 5 aninhos passados na Universidade. Aquele emprego que pensávamos ser o máximo. A médica, a psicóloga, a bióloga, a actriz, a advogada, ...

Mas afinal... Não é tão cor-de-rosa como pensávamos que ia ser. Imaginem: A médica que acabou de perder um paciente. A psicóloga que vê um piromaníaco a ser preso porque não o conseguiu ajudar. A bióloga que vê espécies a extinguirem-se todos os dias. A actriz que passa tanto tempo a decorar as suas falas que não tem tempo para ela própria. A advogada que perdeu um caso importante.

Mas esta vida de trabalhador não é assim tão má. Imaginem: A médica que salvou um recém-nascido. A psicóloga que conseguiu que um jovem delinquente começasse uma nova vida. A bióloga que ajudou a salvar uma tartaruga. A actriz que ganha um papel em Hollywood. A advogada que conseguiu mandar um criminoso para a prisão. Imaginem a satisfação delas. Não terão estes 17 anos valido a pena só por aquele único momento de glória? Aquele pensamento, "Eu consegui".

Agora a fase seguinte: a nova família. Aquela pessoa que pensávamos não ter nada em comum torna-se o nosso melhor amigo. Aquele nosso melhor amigo torna-se algo mais. Aquele "algo mais" torna-se num pedido de casamento, e, a partir daí, é a famosa bola de neve. Casamento, lua de mel... e filhos. Passam-se então aqueles anos em que só há berros em casa, correrias, trambolhões, stress e afins... Até que eles, por sua vez, acabam a Universidade, com um diploma na mão e um sorriso estúpido na cara estranhamente familiar, e se fazem à vida. Tornam-se médicos, psicólogos, biólogos, actores, advogados, ... E o tempo passou por nós a correr.

Quando reparamos, temos uma bengala na mão, cabelos brancos, rugas e óculos fundo-de-garrafa. Ah, sim, e a reforma. Os malditos anos em que nos esforçámos, acordámos às 6 da manhã e voltámos para casa à meia noite, finalmente compensaram. Mas nem tanto, dado o estado económico do país. Esta devia ser a altura de ser loucos, agir como adolescentes; levantarmo-nos do sofá, deixarmos de ver "As Tardes da Júlia", olhar para aquela pessoa com quem casámos há tantos anos atrás e dizer, "Vamos esbanjar todo o dinheiro que ganhámos na vida. Vamos só deixar de parte o necessário". É nesta altura que devíamos ir a Paris, Nova Iorque, Londres, Tóquio, Roma, ...

E depois sim, sem preocupações, poderíamos dizer, "Isto valeu a pena".

E é isto a vida. Por que é que estamos aqui? Não sei. Mas deve valer a pena.

When the sky stops being that blue.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

0 comentários  

Hmm... Olá.
Podia começar como quase todos: "Esta sou eu, estou aqui para tal, eu sou tal, isto e aquilo, tenho tantos anos de idade, ...". Mas para quê? Será que isso esclareceria alguém?
Se assim for, posso afirmar que sou uma alma perdida. Não perdida no sentido de "condenada", mas perdida no sentido de "estou à procura do lugar onde pertenço". O mundo é um lugar confuso, portanto não sei se alguma vez me vou sentir no meu lugar.
Aviso desde já que este blog não será actualizado todos os dias, nem de semana a semana, nem de mês a mês; vou escrever quando me apetecer e quando a inspiração surgir.
E pronto, aqui está tudo o que precisam de saber sobre mim. Não, não vos vou dizer o meu nome. Alguns certamente já o sabem. Os outros, olhem... faria diferença?
Gosto de escrever e pronto. Esta vai ser a minha libertação, o sítio onde as minhas palavras podem fluir da maneira como eu quero, onde me posso exprimir sem restrições nem medos.
É aqui.
"The Sweetest Denial". Porquê? Porque a negação é um estado de paz, pelo menos para mim.
Imagina... Negar a guerra. Negar a fome. Negar a miséria. Negar a tristeza. Negar o ódio. Negar a maldade.
O mundo perfeito, em que nada disto existe. Só eu. Só tu. E quem mais queiras incorporar nesta realidade paralela e intemporal.
Está aqui, para sempre.
Basta... bem, negar.