Escape from this afterlife.

quarta-feira, 25 de março de 2009

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Mudar é bom. Pelo menos na maior parte das vezes.
Psicologicamente então... é do melhor, digamos.

Ver o mundo com outros olhos. Descobrir a beleza de um toque. De um olhar.
Sentir o vento na cara de outra maneira.
Deixarmo-nos levar por uma corrente de emoções e sentimentos que nos deixarão num destino indefinido.
Pequenos detalhes que mudam o nosso mundo.
Estaremos nós mortos a viver uma vida eterna?
Vamos contemplar o céu de maneira diferente.
Vamos escapar à nossa monotonia.

It is hard to pretend you're not there.

sábado, 21 de março de 2009

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Eu odeio-te.

Na verdade, eu odeio-te a ti e tudo em ti.

Eu odeio a maneira como olhas para mim.
Eu odeio a maneira como me falas.
Eu odeio os teus sorrisos estúpidos.
Eu odeio as tuas gargalhadas idiotas.
Eu odeio os teus jogos infantis.
Eu odeio as tuas piadas parvas.
Eu odeio a maneira como te vestes.
Eu odeio o facto de gostarmos de quase as mesmas coisas.
Eu odeio a maneira como me fazes sentir.

E depois… Eu odeio-me a mim mesma.

Eu odeio-me por te ter deixado ir.
Eu odeio-me por não te conseguir tirar da cabeça.
Eu odeio-me por te querer.
Eu odeio-me por chorar por causa disto.


Eu odeio-me por te querer odiar. E odeio-me porque não consigo.


Então eu acho que devias ir para o inferno e deixar-me sozinha…

outra vez.

Sometimes I forget I'm still awake.

segunda-feira, 9 de março de 2009

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Ela olhou para a janela e admirou a paisagem que se erguia perante os seus olhos. O jardim verde, cheio de árvores com flores nas copas das mais variadíssimas cores. Parecia uma miragem, algo surreal, a maneira como algo tão belo e majestoso se pudesse encaixar num mundo que ela julgara feio e cruel.

Resolveu pôr a sua angústia e mágoa de parte e sair. O dia estava sereno, os pássaros chilreavam e havia uma ilusão de que toda a maldade e maus sentimentos se tinham evaporado para dar lugar a um único dia perfeito.

Deitou-se na relva verdejante e olhou para o céu azul. Teria ele sido sempre assim, tão radiante e harmonioso? Tão belo e despreocupante?

As horas passaram e ela nem deu conta. Estava em paz, em sossego, algo que não conseguia ter há já algum tempo. Desde que ele a tinha deixado. Desde que ele se tinha ido embora... De vez.

Subitamente, uma substância fria toca-lhe no nariz. Ela acorda do seu transe e abre os olhos. O céu continuava azul.

Novamente, sente um frio na sua mão. E outro na testa. E outro na barriga.

Era um frio confortável. Até que ela se apercebeu que começara a chover. Levantou-se e deixou a chuva apoderar-se de cada canto do seu ser.

E, como as gotas iam parar ao chão, lavando-lhe a pele, também as suas preocupações se foram embora, quais gotas de chuva a limparem-lhe a alma.

You whispered in my ear, "I know what you are doing here".

terça-feira, 3 de março de 2009

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Conversar com as pessoas realmente ajuda a limpar a mente de certos problemas do dia-a-dia.


Ouvir opiniões diferentes das nossas é de certa forma relaxante, talvez algo que nos faça mudar de ideias ou, pelo contrário, agarrarmo-nos cada vez mais aos nossos ideais.


Falando de mim mesma (dado que não posso falar de mais ninguém, pois eu tenho um contrato de confidencialidade com amigos e alguns conhecidos), acho que conversas onde existem discussões saudáveis são sempre bem vindas.


Hoje muitas das conversas que tive fizeram-me lembrar muito da músiquinha de fundo deste canto isolado do Mundo. Pieces, dos Sum 41.


"I tried to be perfect, it just wasn't worth it, nothing could ever be so wrong (...) I'm trying to let you know that I'm better off on my own"


Se calhar não fomos feitos para ser perfeitos. Se calhar não fomos feitos para socializar. Se calhar não fomos feitos para ter alguém ao nosso lado.


Não vejo nenhum mal em estar sozinha ou isolada do mundo. Desde que não seja prolongado, porque aí podemos perder a noção de quem somos, a nossa individualidade.


Portanto, às vezes aquela coisa do "Estás tão anti-social hoje"... São os meus momentos de reflexão.




E talvez, talvez...

Esteja melhor sozinha.