Ela olhou para a janela e admirou a paisagem que se erguia perante os seus olhos. O jardim verde, cheio de árvores com flores nas copas das mais variadíssimas cores. Parecia uma miragem, algo surreal, a maneira como algo tão belo e majestoso se pudesse encaixar num mundo que ela julgara feio e cruel.
Resolveu pôr a sua angústia e mágoa de parte e sair. O dia estava sereno, os pássaros chilreavam e havia uma ilusão de que toda a maldade e maus sentimentos se tinham evaporado para dar lugar a um único dia perfeito.
Deitou-se na relva verdejante e olhou para o céu azul. Teria ele sido sempre assim, tão radiante e harmonioso? Tão belo e despreocupante?
As horas passaram e ela nem deu conta. Estava em paz, em sossego, algo que não conseguia ter há já algum tempo. Desde que ele a tinha deixado. Desde que ele se tinha ido embora... De vez.
Subitamente, uma substância fria toca-lhe no nariz. Ela acorda do seu transe e abre os olhos. O céu continuava azul.
Novamente, sente um frio na sua mão. E outro na testa. E outro na barriga.
Era um frio confortável. Até que ela se apercebeu que começara a chover. Levantou-se e deixou a chuva apoderar-se de cada canto do seu ser.
E, como as gotas iam parar ao chão, lavando-lhe a pele, também as suas preocupações se foram embora, quais gotas de chuva a limparem-lhe a alma.
segunda-feira, 9 de março de 2009
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2 comentários:
Gosto gosto gosto gosto e como o Rafa que me atira com as coisas à cara diz: GOTO!
Mas sabendo para o que/quem é... Escrever é a melhor maneira para deitares cá para fora essa raiva acumulada! Tens que aprender a fazer algo muito complicado: Não te afectares tanto!
Beijoo
Já dá pa comentar no meu blog!!! WHOAAA partyyy
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