Peanut Butter Jelly Time!

domingo, 4 de outubro de 2009

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Adoro o Family Guy. x)

I find it hard to tell you, I find it hard to take.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

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Once upon a time, there was this girl.
She had long red hair ending in a strange curl.
She loved to dance, write and sing.
But what other people didn't know about her was this one little thing.

This girl wasn't as quiet as she seemed.
She wanted to go somewhere just so she could scream.
She looked in her mirror every night.
And always noticed something wasn't right.

One night she starred at her window so she could see the world.
And brushed her long red hair that was curled.
She saw no good out there.
It seemed even good men didn't care.

She decided to go on a journey.
In which she could be stopped by no law nor attorney.
Her eyes saw things that made her heart cry.
They caused such a terrible heartache she thought she would die.
So a letter she wrote.
With no name nor destination, she ended it with a quote:
"How can we live in this beautiful place
And not notice its ugly disgrace?"

She put the letter in a bottle.
And trew it at the sea - her heart couldn't seem to stop the throttle.
At the moonlight a tear she shed.
And back home her feet lead.

Many years have passed since then.
And no one has seen the girl or the bottle again.
I guess we can unfortunately say
The sad world the red haired girl has seen is the same we see today.

Perhaps Vampires is a bit strong but...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

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Toda esta azáfama em volta da nova geração de vampiros sinceramente dá-me cabo da cabeça.
Vou desviar-me agora um pouco do que o que normalmente costumo escrever, mas a meio das minhas longas pesquisas online descobri que não sou a única criatura neste mundo a pensar desta maneira.

O que é que aconteceu aos vampiros?
Abraham Stoker, mais conhecido por Bram Stoker (que nasceu no dia 8 de Novembro, assim como yours truly), publicou o seu romance de maior sucesso, Dracula, no dia 26 de Maio de 1897. Esta era a golden age dos vampiros, aquelas criaturas vis e sedentas de sangue, que saem rastejando dos seus esconderijos à noite, transformam-se em lobos (sim, lobos, não morcegos), não suportam o alho, são promíscuos, caçam homens, mulheres, idosos e até criancinhas, "morrem" (quer dizer, tecnicamente já se encontram mortos) com uma estaca no coração e com a cabeça decepada, e basicamente são demoníacas.

Em adaptações ao cinema, o famoso Conde Drácula apareceu em mais de 170 filmes.
Mas claro, uma lenda tem que ser sempre alterada. Não podíamos ficar apenas com um vampiro aterrador que era uma máquina de sangue. Não podíamos ficar com algo que assombrasse os nossos sonhos. As criancinhas tinham que ter uma versão diferente.

E começou. Em 1966, Billy the Kid versus Dracula. Só o nome é sugestivo. Misturar um fora-da-lei com uma figura da Transilvânia (e não da Pensilvânia) deve ser uma combinação fantástica. Em 1972, Blacula, que segundo o resumo, é um filme criado de propósito para a população negra (notem o racismo) no qual um príncipe Africano é tornado num vampiro por Drácula e o primeiro filme a mostrar dois vampiros gay. E a sequela, Scream Blacula Scream. Em 1983, Gayracula. Pois. Um filme pornográfico gay.

Felizmente, o Sr. Francis Ford Coppola salvou a nova geração de Dráculas ridículos e foi buscar a essência de Bram Stoker: Bram Stoker's Dracula, de 1993, adaptou o romance ao grande ecrã e o resultado foram duas horas sanguinárias com Gary Oldman, Keanu Reeves e Winona Ryder.

Interview With The Vampire, de 1994, mostra um outro lado dos vampiros: os que se tentam "controlar". No entanto há sempre o oposto e Tom Cruise está lá para estragar o dia (yay!). From Dusk Till Dawn, de 1996, realizado por Robert Rodriguez e escrito pelo mestre Quentin Tarantino, mostra vampiros com muito mau aspecto, mas fiéis à sua malvadez e promiscuidade. The Forsaken, de 2001, é um dos meus personal favourites. Vampiros maus e sedentos de sangue perseguem dois rapazes (bastante giros) e uma rapariga, todos infectados com sangue de vampiro, mas que não se transformam graças a um cocktail qualquer de drogas (oh please...!). Anyway, o líder do gang dos vampiros é mauzinho q.b., sem esquecer que no fim ele faz uma referênciazinha à mítica música Enter Sandman, dos Metallica. Em 2002, Queen Of The Damned mostra uma legião de vampirinhos maus e outros que têem a mania que querem ser rock stars. A banda sonora é boa, de qualquer forma. The League Of The Extraordinary Gentlemen, de 2003, mostra uma vampira, Mina (no livro de Bram Stoker, esta é a noiva do prisioneiro de Drácula) que foi transformada pelo próprio Drácula, mas continua com alguma maldade em si (obrigada Peta Wilson!).

Agora, provavelmente a maior paródia aos vampiros, que insultaria Bram Stoker: Twilight, 2008. A sério, desculpem, mas após várias revisões ao filme, descobri que aquilo é uma coisa patética.
Em primeiro lugar, o elenco: Robert Pattinson não é o homem perfeito (aliás, se houver alguma coisa perfeita nele, de certeza que não é a cara) e parece não ter qualquer expressão; Kristen Stewart estaria bem para o papel se Bella fosse um zombie; Taylor Lautner... nem sei o que dizer; Jackson Rathbone, desculpem, gosto dele como actor, mas a figura dele no filme foi degradante; Peter Facinelli, outro dos meus actores preferidos e uma das razões que me levou a ver o filme, simplesmente não é vampire material. E chega.
A história: ... Qual história? A obsessão doentia de uma rapariga por um morto? Ela é necrófaga? Deus...! AH, isso e o facto de:
1. A pele do Edward brilhar como diamantes à luz do sol;
2. Os vampiros jogarem basebol;
3. Os vampiros conseguirem ler mentes (excepto a de Bella, claro, que é alguém especial), serem médicos (este é o meu preferido - um vampiro médico!), verem o futuro, manipularem emoções (também ocorre na série True Blood, o so called "encantamento");
4. Considerarem os vampiros que bebem sangue de animais ou o que seja "vegetarianos";
Conclusão: A única vampira que tenta ser como um vampiro deveria ser é Rosalie, que é má para a Bella (you go girl!).

Sim, eu percebo que muita gente goste deste filme e dos livros, mas por favor, se é para me atirarem à cara que "A Stephanie Meyer é uma das melhores escritoras da actualidade!", eu digo para irem ler Stephen King e me desampararem a loja.

Podia também falar de séries, mas assim o post não acabava e já está demasiado grande. No entanto, Buffy, The Vampire Slayer é... triste. Moonlight tem potencial, mas não chega lá. True Blood tem altos e baixos relativamente a vampiros - Eric, Pam e Long Shadow são vampiros a sério, só faltam matar alguém pelo caminho (Long Shadow cumpriu a missão, pena é ter sido morto logo a seguir); Bill é apenas um wanna be (e esta é das minhas séries preferidas). Para acabar, Supernatural (a minha série preferida) dá uma nova visão de vampiros, uns bons, outros maus. Os bons são irritantes.

E pronto. Dou por acabada a minha enorme manifestação.

Mas, se alguma vez fizerem um filme em Portugal, algo que tenha a ver com o Conde Drácula, ponham o Conde Castelo Branco no papel principal. Esse sim, ainda pode assustar alguém.


Sinceramente, isto não é assustador?! Ele com o seu lencinho e sandálias douradas, e ela com aquela coisa amarela. Bem, a Lady Betty parece ter mais de 100 anos, o que corrobora a minha teoria. Serão eles um casal de vampiros tuga?

Did it ever make it through?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

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Caros leitores,


Venho por este meio declarar-me.


Sendo assim, e servindo o meu propósito, declaro que sou uma pessoa complicada, com oscilações de humor, por vezes chata, teimosa, rabugenta, desarrumada, nervosa, orgulhosa, vingativa, impaciente, preguiçosa, convencida q.b., histérica por vezes, demasiado emotiva e excessivamente preocupada.


Por outro lado, declaro também que sou solidária, sincera, compreensiva, altruísta, feliz, imprevisível, fiel aos outros e a mim mesma, conselheira sentimental de muita gente (ahah!) e sei ouvir os outros.



Sim, tenho defeitos, e sim, tenho qualidades. Sou humana.


Mas como alguém sábio uma vez disse, "O pior defeito de uma pessoa é não reconhecer os seus defeitos. E a maior qualidade é reconhecer os seus defeitos e fazer disso uma virtude".


De qualquer maneira, são estes pequenos defeitos e estas pequenas qualidades que nos tornam únicos e até perfeitos à nossa maneira.


Estão expostos para quem quiser ver. Definem-nos como pessoas, seres humanos. Fazem com que uns se aproximem e que outros se afastem.


No final, o que conta mesmo são os que se aproximaram. Os que chegaram, viram, e ficaram. Os que querem fazer parte da nossa vida. Os que querem ajudar-nos a descobrir mais virtudes do que defeitos.


Os que se importam.



E é a eles que dedico esta "declaração".

Gosto tanto de vocês, pá!! xD Vá, não precisam de nomes. Chegaram, viram e ficaram. Obrigada. <3

Matters of heart are hard to address.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

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A amizade é algo espontâneo: não se programa, não se controla.

Ninguém nos ensina como fazer amigos nem como não passar o resto da vida sozinhos. E também não descobrimos por nós próprios. Simplesmente… acontece.

Lembras-te dos teus dias passados no infantário, a pré-primária ou o que quer que seja, onde uma simples conversa bastava…? Sabias o nome dele ou dela, brincavam durante dez ou vinte minutos e já se consideravam melhores amigos? E se se aproximasse alguém da tua idade e do sexo oposto, o mesmo acontecia?

Não havia diferenças. Queríamos lá saber se era rapaz ou rapariga. O que interessava era brincarmos todos juntos, e o sentimento crescente de união aparecia. Talvez fosse esse o nosso conceito de amizade na altura. Era tão fácil!

Agora só deixamos aproximar certas pessoas. É como se o nosso coração estivesse fechado a sete chaves e raras são as pessoas que possuem cópias. Depois, há umas que as têm, mas que depois as perdem. Há outras que pura e simplesmente as deitam para o lixo.

Mas aquelas que as têm e as guardam junto do seu próprio coração, como se fossem as chaves para este… Não há palavras. Indescritíveis.

Mais que amigos, mais que melhores amigos, sabemos que podemos sempre contar com eles.

São os nossos parasitas (hey, mas no bom sentido…!). Estão sempre lá. Sempre.
Não os escolhemos. Não olhamos para o meio da multidão e escolhemos a rapariga loira com olhos azuis nem o rapaz moreno com olhos verdes.

Os amigos não se destacam no meio da multidão - não é a aparência que conta. Digamos que é o interior. E pronto, no meio dessa multidão, eles simplesmente lá estão e aparecem nas nossas vidas, como um milagre.

E ainda bem.

The world's greatest friend.

domingo, 5 de abril de 2009

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Poema para o Sam <3



Sam, Sam, Sam
És o meu querido cão
Sam, Sam, Sam
Às vezes mandas cada trambolhão…!



Isto acontece porque não olhas para a frente
Quando esperas que eu vá atrás de ti
Viras a cabeça de repente
Ganes e fazes um chinfrim!



Mas independentemente do que faças
E por mais parvo que sejas
Eu continuo a encher-te as taças
Para poupar nas bandejas.


O que eu quero dizer
É que gosto muito de ti
E por isso não consigo saber
O que faria sem ti.






Quem disse que o cão era o melhor amigo do homem, não sabe o que um Sam pode fazer por uma mulher =D

Escape from this afterlife.

quarta-feira, 25 de março de 2009

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Mudar é bom. Pelo menos na maior parte das vezes.
Psicologicamente então... é do melhor, digamos.

Ver o mundo com outros olhos. Descobrir a beleza de um toque. De um olhar.
Sentir o vento na cara de outra maneira.
Deixarmo-nos levar por uma corrente de emoções e sentimentos que nos deixarão num destino indefinido.
Pequenos detalhes que mudam o nosso mundo.
Estaremos nós mortos a viver uma vida eterna?
Vamos contemplar o céu de maneira diferente.
Vamos escapar à nossa monotonia.

It is hard to pretend you're not there.

sábado, 21 de março de 2009

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Eu odeio-te.

Na verdade, eu odeio-te a ti e tudo em ti.

Eu odeio a maneira como olhas para mim.
Eu odeio a maneira como me falas.
Eu odeio os teus sorrisos estúpidos.
Eu odeio as tuas gargalhadas idiotas.
Eu odeio os teus jogos infantis.
Eu odeio as tuas piadas parvas.
Eu odeio a maneira como te vestes.
Eu odeio o facto de gostarmos de quase as mesmas coisas.
Eu odeio a maneira como me fazes sentir.

E depois… Eu odeio-me a mim mesma.

Eu odeio-me por te ter deixado ir.
Eu odeio-me por não te conseguir tirar da cabeça.
Eu odeio-me por te querer.
Eu odeio-me por chorar por causa disto.


Eu odeio-me por te querer odiar. E odeio-me porque não consigo.


Então eu acho que devias ir para o inferno e deixar-me sozinha…

outra vez.

Sometimes I forget I'm still awake.

segunda-feira, 9 de março de 2009

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Ela olhou para a janela e admirou a paisagem que se erguia perante os seus olhos. O jardim verde, cheio de árvores com flores nas copas das mais variadíssimas cores. Parecia uma miragem, algo surreal, a maneira como algo tão belo e majestoso se pudesse encaixar num mundo que ela julgara feio e cruel.

Resolveu pôr a sua angústia e mágoa de parte e sair. O dia estava sereno, os pássaros chilreavam e havia uma ilusão de que toda a maldade e maus sentimentos se tinham evaporado para dar lugar a um único dia perfeito.

Deitou-se na relva verdejante e olhou para o céu azul. Teria ele sido sempre assim, tão radiante e harmonioso? Tão belo e despreocupante?

As horas passaram e ela nem deu conta. Estava em paz, em sossego, algo que não conseguia ter há já algum tempo. Desde que ele a tinha deixado. Desde que ele se tinha ido embora... De vez.

Subitamente, uma substância fria toca-lhe no nariz. Ela acorda do seu transe e abre os olhos. O céu continuava azul.

Novamente, sente um frio na sua mão. E outro na testa. E outro na barriga.

Era um frio confortável. Até que ela se apercebeu que começara a chover. Levantou-se e deixou a chuva apoderar-se de cada canto do seu ser.

E, como as gotas iam parar ao chão, lavando-lhe a pele, também as suas preocupações se foram embora, quais gotas de chuva a limparem-lhe a alma.

You whispered in my ear, "I know what you are doing here".

terça-feira, 3 de março de 2009

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Conversar com as pessoas realmente ajuda a limpar a mente de certos problemas do dia-a-dia.


Ouvir opiniões diferentes das nossas é de certa forma relaxante, talvez algo que nos faça mudar de ideias ou, pelo contrário, agarrarmo-nos cada vez mais aos nossos ideais.


Falando de mim mesma (dado que não posso falar de mais ninguém, pois eu tenho um contrato de confidencialidade com amigos e alguns conhecidos), acho que conversas onde existem discussões saudáveis são sempre bem vindas.


Hoje muitas das conversas que tive fizeram-me lembrar muito da músiquinha de fundo deste canto isolado do Mundo. Pieces, dos Sum 41.


"I tried to be perfect, it just wasn't worth it, nothing could ever be so wrong (...) I'm trying to let you know that I'm better off on my own"


Se calhar não fomos feitos para ser perfeitos. Se calhar não fomos feitos para socializar. Se calhar não fomos feitos para ter alguém ao nosso lado.


Não vejo nenhum mal em estar sozinha ou isolada do mundo. Desde que não seja prolongado, porque aí podemos perder a noção de quem somos, a nossa individualidade.


Portanto, às vezes aquela coisa do "Estás tão anti-social hoje"... São os meus momentos de reflexão.




E talvez, talvez...

Esteja melhor sozinha.

The world is crying but nobody's listening.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

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Há pessoas que têm tudo. Há outras que não têm nada.

Há pessoas que se dão ao luxo de comprarem carros de milhões de euros. Há outras que se tiverem algo para proteger os pés, já têm sorte.

Há pessoas que têm 3 a 4 casas de férias, com dezenas de divisões. Há outras que um telhado feito de pano é o suficiente.

Há pessoas que mostram a cara na TV e já têm dinheiro suficiente para se alimentarem durante um ano inteiro. Há outras que trabalham dias a fio e têm o suficiente para uma refeição.

Há pessoas que comem caviar. Há outras que ficam a ver os filhos comerem o pouco que têm.

Há pessoas que têm pavor a vacinas. Há outras que morrem com falta delas.

Há pessoas que se vestem com roupas de estilistas. Há outras que apenas têm um trapo para se cobrirem.

Há pessoas que se queixam de não terem dinheiro para uma viagem às Maldivas. Há outras que não se queixam mesmo que não tenham nada para comer.

Há pessoas que se lamentam por terem "vidas miseráveis". Há outras que são felizes na mais pura miséria.

Será que nós temos consciência do que somos e temos? Será que nós temos consciência do que se passa no Mundo?

Eu acredito que podemos melhorar. Eu acredito que podemos tornar o Mundo num lugar melhor. Eu acredito que
juntos podemos fazer a diferença.


E tu?

There's no such thing as fairy tales.

domingo, 11 de janeiro de 2009

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Era uma daquelas vezes em que o amor não era correspondido... outra vez.
Ele entrou na sala. Ela focou os seus olhos azuis nos dele. E durante uns míseros segundos, eles olharam-se.
Simples trocas de olhar, sim... mas com um efeito devastador no coração dele.
Ele passou por ela, enquanto que ela voltou a pôr os os seus olhos azuis nos olhos castanhos do namorado.
E ele passou por eles, engolindo as próprias palavras, engolindo os próprios pensamentos, engolindo os próprios sentimentos. Fechou os olhos para conter as lágrimas. E encostou-se à parede do lado oposto da sala.
As horas passaram, as bebidas acabaram, a música baixou de volume, a noite avançou. Mas ele continuava encostado à mesma parede, com a mesma expressão.
Até que ela se sentou. No sofá do lado oposto à parede onde ele estava encostado. O namorado já se tinha ido embora. As únicas coisas que se encontravam entre eles eram copos de plásticos no chão e a insegurança dele. Poderia ele alguma vez confessar-se a algo tão belo?
Então, engolindo as próprias palavras, engolindo os próprios pensamentos e engolindo os próprios sentimentos, ele avançou. Avançou na sua direcção, destemido e determinado. E captou o olhar azul dela.
Debruçando-se sobre o sofá onde ela estava sentada, ele sussurrou-lhe ao ouvido, "Amo-te".
E as palavras ficaram suspensas no ar.
Ela olhou para os olhos azuis dele e disse, "Não é mútuo".
E foi aí, qual faca nas costas, que ele se afastou.
Como é que ele se tinha deixado enganar por aquela personagem tão graciosa? Como é que ele tinha deixado o seu coração tão vulnerável?
Mais uma vez, engoliu as próprias palavras, engoliu os próprios pensamentos, engoliu os próprios sentimentos. E saiu pela mesma porta por onde tinha entrado.
Não reparou foi no que deixou para trás.
Na parede entre a porta e o sofá, encontravam-se um par de olhos verdes que o tinham observado a noite inteira.
Aquele par de olhos que o viram entrar. Aquele par de olhos que o viram encher-se de coragem. Aquele par de olhos que o viu a enfrentar a rejeição.
Aquele par de olhos que pertenciam a uma rapariga que engoliu as próprias palavras, engoliu os próprios pensamentos, engoliu os próprios sentimentos, e o viu sair porta fora, levando o coração dela consigo.
Por vezes não conseguimos ver os efeitos devastadores que provocamos a certas pessoas. A vida está mais focada em nós e em quem nós queremos ter que tudo o resto deixa de fazer sentido. Assim, o melhor é... Let go.